EXPOSIÇÃO DE TRABALHADORES RURAIS A ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS
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Abstract
Os pesticidas são compostos amplamente utilizados na agricultura, por causa do aumento da eficiência produtiva, no entanto esses compostos tóxicos podem exercer efeitos negativos ao meio ambiente e à saúde humana. O objetivo deste trabalho foi analisar a exposição ocupacional de trabalhadores rurais
a agrotóxicos, através de um estudo descritivo-analítico com abordagem transversal e quantitativa. A amostra foi composta de 63 trabalhadores agrícolas. A caracterização do perfil socioeconômico, o manejo de pesticidas e as condições de saúde foram realizados por meio de entrevistas. Após a coleta das amostras
biológicas, a atividade da enzima acetilcolinesterase eritrocitária foi avaliada em dois momentos: pré e pós-exposição a pesticidas em um ciclo de plantio e colheita. A idade média dos trabalhadores rurais foi de 48,1 ± 7,6 anos. Eles relataram usar equipamentos de proteção individual, embora de forma incompleta ou
inadequadamente, e 46% relataram intoxicação por agrotóxicos. Transtornos do humor como ansiedade (50,3%) e estado depressivo (27,0%) também foram relatados pelos trabalhadores. Houve uma diminuição significativa na atividade da enzima acetilcolinesterase eritrocitária de 0,83 ± 0,06 delta pH/hora para
0,71 ± 0,11 delta pH/hora (p < 0,05). A comparação individual dos valores da atividade enzimática mostrou que 19,6% dos trabalhadores estavam intoxicados com carbamatos e organofosforados. A contaminação é atribuída ao manejo inadequado de pesticidas. Considera-se urgente a adoção de medidas para
minimizar intoxicações e outros efeitos nocivos à saúde dos trabalhadores rurais.
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